quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Luís de Camões "quem ora soubesse onde o amor nace, que semeasse."

©Ricardo Luiz

"Voltas
D'amor e seus danos
me fiz lavrador
semeava amor
e colhia enganos
não vi, em meus anos,
homem que apanhasse
o que semeasse.

Vi terra florida
de lindos abrolhos,
lindos para os olhos,
duros para a vida;
mas a rés perdida
que tal erva pace
em forte hora nace.

Com quanto perdi
trabalhava em vão
se semeei grão
grande dor colhi.
Amor nunca vi
que muito durasse,
que não magoasse."